APENAS UMA NOITE
Eliana Calixto

Considerando o simbolismo do coração — sensibilidade, fé, compaixão, por exemplo — os microcontos aqui reunidos não deixam de desempenhar com galhardia seu papel.
Entretanto, há que se acrescentar contundência e objetividade a este rol de qualificativos.
A visão da realidade, nem sempre suscita sentimentos/sensações coerentes com o afamado simbolismo.
Assim, é a criatividade que faz com que a delicadeza das palavras seja capaz de expressar o peso da crueza de uma realidade brutal: a sensibilidade tempera as constatações mais contundentes.
No trato com a poesia, expert que é, Eliana Calixto produz micronarrativas eivadas de melancolia, espanto, crueza, objetividade, compaixão e solidariedade.
Respira-se, no fluxo de seus textos, uma atmosfera poética inusitada que pinta, com toques delicados, imagens cruas da realidade que praticamente agride o leitor.
Agride sem ofender, porque seduz, com leveza e acuidade. Os microcontos de Eliana são uma lição a aprender.
Ela já deu provas, em outro livro de poemas, de sua competente sensibilidade no trato das coisas sérias, sem a perda — uma vez mais — da delicadeza, tão necessária. Evoé, coração!
Prof. José Luiz Foureaux de Souza Júnior
Doutor em Literatura Comparada — UFMG

MINIBIO
Médica, poeta, palestrante, contista e dramaturga.
Autora de dez livros, sendo seis de poemas, três infanto-juvenis e um de contos e crônicas.
Participou de diversas coletâneas como coautora.
Apresentação
Mario de Andrade, um dos líderes do movimento modernista brasileiro, costumava dizer que conto é o que seu autor chama de conto.
Nos tempos atuais, caracterizados por fronteiras pouco nítidas entre os gêneros, essa forma de definir narrativa ficcional curta, cada vez mais, ganha sentido e pode ser ampliada.
Assim, poema é o que seu autor chama de poema, o mesmo acontecendo com a crônica, por exemplo.
Além da constatação da existência de delimitações frágeis entre os gêneros, a contemporaneidade propiciou o surgimento (ou o fortalecimento?) de novidades literárias como o miniconto, que estabelece um diálogo evidente com as postagens (essencialmente breves) presentes nas redes sociais.
Deixando de lado a preocupação exagerada com as dimensões do miniconto (uma ou algumas linhas, um parágrafo, meia ou uma página), fato é que, de uns anos para cá, essas narrativas mais curtas têm ganhado espaço, autores e leitores.
É bastante conhecida a frase do escritor Julio Cortázar (1914–1984) segundo a qual o romance ganha por pontos, enquanto o conto vence por nocaute, ou seja, nesse caso, a habilidade do escritor precisa ser demonstrada no curto espaço oferecido pela narrativa; não há tempo para floreios.
Disso se pode inferir que o miniconto deve derrubar o leitor com um nocaute duplo, isto é, um golpe ainda mais poderoso, se é que tal conceito existe.
E você, que tem nas mãos um exemplar de Apenas uma noite, encontra-se diante de uma autora com pleno domínio da técnica pugilística proposta por Cortázar.
Os textos da obra variam um pouco de tamanho, mas Eliana Calixto faz tudo convergir para um desfecho poderoso e impactante, segredo, aliás, dos bons contos de qualquer dimensão.
Bem, amigos, no espaço do posfácio, acomodado no final do livro, depois, portanto, dos textos da coletânea, que representam o foco de interesse primordial desta publicação, só me resta dizer uma coisa antes de encerrar: Boa (re)leitura!
César Manzolillo
Escritor e pós-doutor em língua portuguesa — USP
César Manzolillo
Eliana Calixto é médica, palestrante, ensaísta, dramaturga, poeta.
Estreante do gênero miniconto, no livro Apenas uma noite, conta-nos histórias com a calma de quem conhece a vida e com o olhar fotográfico de quem sabe transformar momentos efêmeros em eternidade.
Usa as palavras com a firmeza das mãos de quem opera milagres e com a poesia que irrompe de sua alma, levando o leitor a se deslocar do lugar-comum para o universo da narrativa breve.
Mas se engana quem pensar que essa narrativa sinóptica poderá ser lida e digerida em uma noite apenas
Cada miniconto revela um mundo a ser explorado através do olhar atento do leitor que, por sua vez, contribuirá para o universo de sentidos gerados pelos enredos, cautelosamente escolhidos pela autora, e que se misturam às nossas próprias histórias.
Ler Eliana Calixto é ler a nós mesmos em cada situação descrita, em cada sentimento expresso.
É entrar em estado de catarse para ressignificar nossa própria existência.
Por isso, leitor, não seja aflito, não se afobe em ler todas as histórias de uma única vez. Sem pressa, delicie-se com cada narrativa, aproprie-se de cada personagem, ria, chore, abra a porta da sua imaginação e não se preocupe: “Amanhã, tudo volta ao normal”.
Joseani Adalemar Netto
Mestre em Letras pela UFJF – ProfLetras

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149 Páginas
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